Reflexão

Atuação do Professor na Contemporaneidade


1 "Medíocre em regra, embora haja as poucas e boas exceções"

"(...) desestimulada e cansada. O professor, principalmente o de rede pública perpassa por uma desvalorização ao longo dos anos, que vem sendo acentuada pela falta de estrutura psicofamiliar do aluno.
 A inversão de valores faz com que os alunos não vejam os professores como seus orientadores de estudos e sim como meros empregados que devem estar ali para servi-los, sem que tenha o professor à preocupação com o aprendizado, sendo muitas vezes o professor vítima de coação para tanto, o que reflete inevitavelmente na atuação do professor.
O descrédito de que a profissão é vítima, faz com que o profissional seja mero batedor de ponto, que só realiza atividade para poder pagar as contas ao final do mês, sem sua atuação, devido a todos os entraves por ora expostos, medíocre em regra, embora haja as poucas e boas exceções."
Escrito por: Estudante em Direito, cursando 8°semestre - Faculdade Ruy Barbosa.
Professora/voluntária em Projetos Educacionais.

2 Profissioanal polivalente
Penso que a atuação do professor na contemporaneidade é muito mais desafiadora do que em épocas passsadas. As exigências educacionais são maiores devido a grandes transformações na sociedade: avanços tecnológicos, inversões de papéis dentro das famílias e sociedade e até mesmo mais desajustes por conta de tanta modernidade, a exigência cada vez maior e mais incisiva de capacitação profissional... O seu papel fundamental passa a ser mais do que fundamental a cada dia que passa. Está em suas mãos o papel de educar, adequar, vencer desafios e limites, inventar e reinventar... enfim, penso que o professor contemporâneo é um profissioanal polivalente.
Escrito por: Estudante de Pedagogia (curso trancado) - Universidade Estadual de Feira de Santana/UEFS
Ex-Professora de 3ª e 4ª séries.
3 Riscos em sua atuação
A sociedade de modo geral vem atribuindo aos professores responsabilidades que vão além das reais.  É interessante pensar e perceber que os professores não são pais dos alunos, nem são pisicólogos, pois faltam saberes para tal.
A família contemporânea, por conta das demandas profissionais ou até mesmo a falta de habilidade no lidar com crianças, lançam mão da autoridade natural(a de pai e mãe), atribuindo à escola(digo ao professor) a responsabilidade de cobrar procedimentos disciplinares, e o respeito mútuo, fazendo com que o fardo fique pesado, pois além de "ter que dar conta" das suas atribuições reais( conteúdos, e desenvolvimento cognitivo) precisa também perceber além.
O professor hoje em dia vem correndo riscos em sua atuação. Os alunos não o respeita mais como antes. Os afrontes e agressões físicas e psicológicas são constantes.
No que se refere a relação com a equipe gestora, percebo que depende muito de cada gestão, de cada escola. O que não podemos negar, é que em muitas delas, o professor é tido como mais um funcionário que precisa ouvir e obedecer ordens, sem o mínimo de respeito por aquele que faz a educação acontecer de fato. Por outro lado, há gestões participativas, onde o professor faz valer sua voz, e onde o trabalho ocorre efetivamnete em comunhão.
Escrito por: Licenciada em Pedagogia com Habilitação em Séries Iniciais - Universidade Estadual de Feira de Santana/UEFS
Atualmente Professora do 1° ano fundamental.
 4 Referência 
Vejo o professor como a grande referencia para muitos alunos, embora uma grande parte não cumpre sua função,é uma pena. O grande problema é que muitos ensinam por falta de opção,logo não terá o mesmo resultado de quem ensina por prazer,isso também refletirá no convívio com os alunos,eles percebem quando o professor não se dedica a eles.
Escrito por: Estudante de Licenciatura em Fisica - 4°semestre  - Universidade Estadual de Feira de Santana/UEFS 
Professor do Ensino Médio
  5 Carreira profissional
A edu­ca­ção é apon­tada como uma das áreas mais vul­ne­rá­veis do estado de São Paulo. A mai­o­ria dos alu­nos sai do ensino médio sem saber ler e escre­ver ade­qua­da­mente. Neste ano, foi lan­çada a obri­ga­to­ri­e­dade para que todo pro­fes­sor que passe no con­curso tenha de ficar pelo menos qua­tro meses estu­dando até ir para sala de aula
Existe agora um plano de carreira: A remuneração inicial para a jornada de 40 horas semanais, que hoje é de R$ 1.834,85, poderá chegar a R$ 6.270,78 ao longo da carreira, segundo as estimativas da secretaria.
 Para um professor alcançar o teto salarial, que é de R$ 6.270,78, ele terá de passar por quatro etapas, ultrapassando as cinco faixas salariais criadas. Em cada promoção o integrante do quadro do magistério poderá avançar apenas uma faixa. Para concorrer à promoção da faixa subsequente deverá haver um intervalo de, no mínimo, três anos. Professores iniciantes só podem fazer o exame (prova para mudar de faixa) depois de quatro anos de trabalho. No último exame, o docente tem que tirar, no mínimo, nota 9.
O sindicato dos professores de São Paulo são totalmente contra ao plano de carreira e prova de mérito, pois beneficiará apenas alguns professores, e o aumento não será para todos, o que eles dizem ser inconstuticional. Ainda é cedo, para mim, como professora avaliar e colocar minha opinião em questão, já que é um projeto recente. Talvez daqui uns cinco anos terei uma visão mais ampla.
                                         
                              Escrito por: Licenciada em Lingua Portuguesa -  São Paulo
Professora do Ensino Fundamental e Médio

Pergunta³

COMO VOCÊ PERCEBE A ATUAÇÃO DO PROFESSOR NA CONTEMPORANEIDADE?

2 comentários:

  1. Não generalizando, mas existem professores que não estão muito preocupado com o aprendizado dos alunos, mas quem é apaixonado pela educação e quer ver o mundo mudar estão nas faculdades como nós que ainda quer ser professores e acredita na educação para mudar.

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  2. Percebo que apesar de muitos avanços na educação e nas diversas nomenclaturas que o profissional de educação vem agregando ao prefixo professor como reflexivo, vanguardista, polivalente dentre outros o que se faz necessário mesmo é a dedicação dispnsada à pofissão escolhida. Se é pra fazer que se faça bem feito sem essa de ficar alegando baixo salário, falta de recurso na escola, falta de gerenciamento, no entanto isso não significa que o professor será volontário, muito pelo contrário o bom profissional conhece os meios de lutar pela sua classe com sabedoria.

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